28.3.10

Tema: Animais/Peixes

O “Sável”, uma delícia em risco de desaparecer.
A construção de barragens e açudes dificulta a migração.

É um maná em vias de desaparecer. Parente da popular sardinha e da espinhosa savelha, o sável é um gigante com as características de toda a família: gordo, saboroso e espinhoso. É também caro e raro na gastronomia, pois só é pescado nos finais do Inverno.
Vive no mar, a peneirar toneladas de água para engolir apenas o zooplâncton. Geralmente em Março, dirige-se para as embocaduras dos rios, em cardumes gigantescos, e sobe-os para a desova. Nessa viagem fluvial é capturado para se tornar o pitéu de muitos apreciadores.
As diversas práticas culinárias de preparação do sável provocam avalanches de sofredores de gula a acorrer aos festivais e centros tradicionais de preparação do bicho, um pouco por todo o país. A pesca do sável é, portanto; um importante recurso económico, mas ao mesmo tempo contribui para uma diminuição dos efectivos populacionais e coloca em risco a continuidade da espécie.
Para alguns apreciadores, quanto mais a montante for pescado, mais é apreciado. O sável chega aos rios bastante gordo e todo o processo de subida é feito a contracorrente, transpondo barreiras e desenvolvendo as gónadas. Daí que, muitos o prefiram comer quando capturado mais a montante. Como é frequente em muitas espécies, a grande maioria dos sáveis adultos morre depois de se reproduzir. Esta espécie está classificada “em perigo” pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

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