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Ilídio Patrício a" pensar no javali"
“ Javali enraivecido”
Eu sou o Ilídio Patrício,
Uma história vou contar.
Ia caindo ao precipício…
Ainda me estou a lembrar.
Foi uma “cena” ousada,
Perigosa, mas verdadeira.
Ela tem que ser lembrada,
Para a diáspora mozeira.
Tinha chegado de Lisboa,
E fui dormir à “Lameira”.
Mas tinha uma “grande broa”,
Saiu-me cara a brincadeira!!!
A “Costa” ia descendo,
Conduzindo o meu gipão.
Mas quase ia morrendo…
Ver javalis em contramão.
Arremessei a viatura,
Directo aos javardos.
Foi sol de pouca dura,
Fugiram que nem dardos.
Um animal ficou ferido,
Foi grande a confusão.
Grunhido mais grunhido,
Atirei-me logo ao chão.
Como não tinha lanterna,
Agarrei-me logo ao animal.
Deu-me um golpe na perna,
Fiquei muito ferido e mal.
Enchi-me de força e fúria,
Coragem e muita sensatez.
O bicho deixou-me na penúria,
Mas que grande malvadez.
Vi a " vidinha" por um fio,
Junto da agreste picosa.
Mas revi-a de fio a pavio,
Pensando na minha esposa.
Atei a corda ao animal,
No fundo do taipal.
Ai quanto eu me ri!!!
Agarrado ao javali…
O facto era verdadeiro,
Se o desse a conhecer.
Mas como sou matreiro,
Fui a Mós ao amanhecer.
Dediquei aos mozeiros,
O meu grande troféu.
Foram todos porreiros,
Fizemos um grande pitéu.
Nunca mais vou esquecer,
Este meu tão grande feito.
Mas não quero enaltecer,
Aquilo que não é perfeito.
OBS: estes versos foram dedicados ao meu amigo e conterrâneo Ilídio Patrício, pela história verdadeira por que passou e que nunca mais esquecerá.
Almocreve: Setembro de 2010
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