17.9.10

Tema: Versos (Minha Linda Aldeia)


































































Fotos: SERRA DA PORREIRA

RIO DOURO

RIBEIRA DE MÓS

ALDEIA DE MÓS




Mós, minha linda aldeia,

Bela e antiga vila medieval.

Confronta a norte com Vreia,

E a sul com o Carrascal.


Ao seu velho castelo destruído,

Outrora praça-forte bem armada.

Seus cavaleiros a terem mantido

Conhecidos pela “Espora Dourada”.


A imponente igreja seiscentista

Ergue-se com o seu ar altaneiro.

Deitando o seu olhar alquimista,

Ao seu castelo sobranceiro.


Sua graciosa Fonte Romana,

As moças, a água iam buscar.

Nós rapazes vestidos de pana,

As esperávamos para namorar.


No lugar do pelourinho,

Havia um olmo ancestral.

Onde bebíamos um copinho,

Jogar arraiola no Escuradal.


Essa árvore gigantesca e mais,

Testemunha de muitas gerações.

Onde o meu Avô afixava editais,

E se sabiam das informações.


Do outro lado, virado para nascente,

Encontram-se restos da Ponte Romana.

Atravessada por almocreves e gente,

Culminando com a Calçada Romana.


Do Carril ao Coracedo,

Da Portela à Codixeira.

Mais Ferronho e Lamazedo,

É uma grande brincadeira.


São montes e montes,

Das Centieiras à Odreira.

Meus saudosos Vale Fontes,

Mais Pisão e Carrasqueira.


Mais a sul, corre a Ribeira de Mós,

Serpenteando lindos vales e outeiros.

Onde proliferam amieiros, salgueiros,

E banhando a quinta dos meus Avós.


Fazíamos bailes atrás da igreja,

Sítio para onde íamos namorar.

Onde a nossa fada benfazeja,

Logo nos abençoou ao casar.


Minha linda aldeia de Mós,

Onde as coisas são boas demais.

Sendo aí a origem dos meus Avós,

Viveram e casaram os meus Pais.


Mós, berço e burgo do meu coração,

Vila antiga e sede do concelho.

Quando me ponho diante do espelho,

Penso que o que fiz, não foi em vão.


A sul fica a ribeira de Mós,

Irrigando hortas e quinteiros.

Pelo caminho dos meus avós,

Lugar de azenhas e moleiros.


A seguir, banha a grande Quinta da Ribeira,

Ou de Santiago, como lhe queiram chamar.

Na margem esquerda fica a serra da Porreira,

E nesse rio Douro grandioso vai desaguar.


Todos os anos, nos fins do mês de Agosto,

É a festa de Sta Bárbara, nossa companheira.

Por isso é que nos juntamos todos, por gosto,

Para venerar a nossa abençoada padroeira.


Ultimamente aqui se fizeram,

Muitas e importantes escavações.

Deixando a nu ossadas que eram,

Mil anos de muitas gerações.


Aqui fica a minha homenagem,

À terra que me viu nascer.

Pois nunca me sai da imagem,

Que aqui, eu hei-de morrer.



Almocreve. 27-12-2010

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