VERSOS À SERRA DA ARRÁBIDA
Quando Deus criou o mundo,
Foi em toda a sua plenitude.
Também criou a Arrábida,
Em toda a sua magnitude.
Gostava que este mundo,
Fosse mais feliz e solidário.
Os homens põem-no imundo,
Como a “Mata do Solitário”.
Linda e íngreme “ Cascalheira”,
Sítio da serra a não perder.
No fundo corre uma ribeira,
Onde, o “ Sete saias” vai beber.
Mesmo junto da orla oceânica,
Fica o “ Portinho e o Creiro”
Onde a flora mediterrânica,
Dura e perdura o ano inteiro.
No convento, está tudo como dantes,
Local de recolhimento e reflexão.
Onde frades caminhantes e navegantes,
Outrora faziam a sua oração e devoção.
(O Sete Saias, é um homem velhinho da serra, que ainda nela habita. Vive numa cabana. É um ser característico da mesma. Veste saias, em homenagem à mulher.)
Almocreve: Julho de 2010