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O Castelo de Coina, situa-se na Quinta do Diabo, ou Quinta do Inferno, hoje, Quinta de S. Vicente, freguesia de Coina, concelho do Barreiro.
A história do Castelo de Coina remonta ao século XVIII. Esta quinta, fazia parte das vastas terras de D. Joaquim Pina Manique, político e cavaleiro da ordem de Cristo e irmão de D. Diogo de Pina Manique, fundador da Casa Pia de Lisboa.
Nos finais do século XIX uma parte da propriedade foi comprada pelo “rei do lixo” que construiu um império a partir do nada.
Este castelo foi mandado construir por Manuel Martins Gomes Júnior (rei do lixo) em 1910. Exemplar único em Portugal, na altura foi construído com os mais ricos materiais da época. Este foi edificado com vários objectivos: símbolo de poder, para do alto avistar e fiscalizar as suas propriedades, os seus trabalhadores e para futura sede maçónica.
O (rei do lixo), como foi chamado, nasceu em 1860 em S. António da Charneca, trabalhou como empregado numa mercearia de Lisboa, fez algum dinheiro e comprou o moinho de água em frente à Quinta de S. Vicente. Trabalhou na agricultura, comprou parte da quinta e emprestava dinheiro aos proprietários vizinhos. Como estes não lhe pagavam anexou as parcelas dos devedores à sua e assim formou uma grande quinta com 300 hectares. Baptizou-a de Quinta do Inferno ou Quinta do Diabo. Tornou-se um grande proprietário e negociante de carnes. Assegurou a recolha dos lixos de Lisboa (à altura os lixos era apenas matéria orgânica) transportando-os para Coina nos seus cinco barcos (a que deu o nome de Mafarrico, Lúcifer, Belzebu, Demónio e Satanás). O lixo servia para alimentar os porcos e assim não gastava um tostão. Era ateu, protegia os pobres, financiou colectividades, construiu a primeira escola de ensino primário na freguesia. Já era figura política de peso na altura, era republicano, maçónico, fundou a Companhia Agrícola Nacional e foi regedor de S. António da Charneca.
Morreu em 1943 em circunstâncias estranhas e o castelo entrou em decadência com a sua morte. Deixou muitas propriedades e 143 mil contos que doou à Misericórdia. A quinta passou para o seu genro António Ramada Curto que posteriormente a vendeu a José Mota. Em 1972 esta foi comprada por António Xavier de Lima para dali fazer uma urbanização de luxo e uma pousada com 85 quartos. Ardeu em 5 de Junho de 1988, hoje encontra-se ao abandono.
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